6 Coisas “Proibidas” no Japão Que São Normais no Brasil

Algumas coisas proibidas no Japão podem te surpreender — especialmente se você está acostumado com o jeitinho brasileiro. O que por aqui é rotina, lá pode soar desrespeitoso, causar desconforto ou até ser visto como ofensa. E não estamos falando de leis rígidas, mas de normas culturais sutis que fazem toda a diferença.

O Japão é conhecido pela educação exemplar, pela ordem e por um senso coletivo muito forte. Mas, para quem vem de fora, isso significa uma coisa: é fácil cometer gafes sem nem perceber. Seja comendo pastel na rua, falando alto no metrô ou tentando ser gentil deixando uma gorjeta, é possível quebrar regras sem ter a menor ideia.

Se você está planejando visitar o Japão, morar lá ou apenas entender melhor como essa sociedade funciona, esta lista vai te ajudar a evitar saias-justas. Aqui estão 6 atitudes comuns no Brasil que são malvistas — ou até proibidas no Japão. A última pode te surpreender.

Montagem com bandeiras do Brasil e Japão. Coisas proibidas no Japão que são comuns no Brasil.
Imagem: Brasil e Japão – uso editorial (Fonte: Japaoemfoco.com)


1. Comer andando na rua

Pessoa comendo enquanto anda em rua do Japão – hábito considerado falta de etiqueta
Imagem: uso editorial (Fonte: CoisasdoJapao.com)

No Brasil, comer na rua é parte da rotina: pastel na feira, coxinha na calçada, sorvete na praia — tudo andando. Já no Japão, essa prática é considerada falta de educação. Comer enquanto caminha transmite a imagem de desleixo e pode até sujar o espaço público, algo muito malvisto por lá.

O japonês valoriza a ideia de “comer com atenção e gratidão”. A refeição, mesmo rápida, é um momento que merece pausa e respeito. Além disso, o senso coletivo faz com que atitudes que causem desconforto visual ou risco de sujeira sejam evitadas ao máximo.

➡ A exceção: durante festivais ou perto de barraquinhas (yatai), onde há um espaço informal próprio para isso. Mesmo nesses casos, o ideal é se posicionar em um canto, comer com calma e só depois seguir caminho.


2. Falar alto no transporte público

Passageiro japonês usando o celular em silêncio dentro do trem
Imagem: uso editorial (Fonte: CoisasdoJapao.com)

Se no Brasil o transporte público é um show à parte — com gente cantando, debatendo novela e assistindo vídeo no viva-voz — no Japão, a vibe é completamente oposta. Trem e metrô são ambientes de silêncio quase sagrado.

Conversas em voz alta, gargalhadas ou chamadas no celular são fortemente desencorajadas. Mesmo entre amigos, a expectativa é de falar baixinho ou, de preferência, guardar a conversa pra depois.

O motivo? Respeito ao espaço coletivo. O transporte é visto como momento de descanso ou introspecção, e manter o silêncio é uma forma de empatia com os demais passageiros — muitos dos quais estão exaustos ou voltando do trabalho.

➡ Dica valiosa: no Japão, fones de ouvido são quase item obrigatório. E volume? Sempre no mínimo. Ninguém ali quer escutar o seu opening favorito de anime às 7h da manhã.


3. Dar gorjeta

Notas de iene ao lado de refeição japonesa – gesto comum ao pagar, mas sem gorjeta
Imagem: pagamento em restaurante no Japão – uso editorial (Fonte: Dreamstime)

No Brasil, deixar gorjeta é um gesto de agradecimento — às vezes até de generosidade. No Japão, pode gerar confusão, constrangimento… ou até ser recusado na hora. Isso porque gorjetas não fazem parte da cultura japonesa e são umas das coisas proibidas no Japão.

O atendimento de qualidade é visto como parte natural do trabalho, não algo que “merece um extra”. Profissionais atendem bem porque é o certo — e aceitar dinheiro além do valor cobrado pode ser interpretado como estranho ou até ofensivo.

Alguns restaurantes até devolvem o valor extra, como forma de evitar mal-entendidos. É o tipo de gentileza que funciona melhor dentro das regras culturais locais — e, nesse caso, a regra é clara: nada de gorjeta.

➡ Quer demonstrar apreço? Um sorriso, um agradecimento educado (“arigatou gozaimasu”) e um elogio sincero são mais do que suficientes.


4. Beijar em público

Ícone representando que beijar em público é malvisto no Japão
Imagem: símbolo editorial de proibição – uso ilustrativo

No Brasil, beijar em público é tão comum que ninguém liga: beijos no metrô, abraços no shopping, carinhos na praça. Já no Japão, o cenário é bem diferente. Demonstrações públicas de afeto são extremamente discretas — e, muitas vezes, evitadas.

Mesmo casais apaixonados raramente se beijam em locais públicos. Um selinho pode até causar desconforto em pessoas mais tradicionais, especialmente idosos. O conceito de “reserva” no comportamento é muito valorizado, e expressar sentimentos íntimos em público é visto como algo a ser evitado.

➡ O que é aceito: andar de mãos dadas, gestos sutis de carinho ou um toque leve no braço. Já abraços longos e beijos mais calorosos? Só nos animes mesmo — ou em casa, longe dos olhares.


5. Entrar em casa (ou em certos lugares) com sapato

Genkan japonês com sapatos organizados na entrada – tradição de tirar o calçado ao entrar
Imagem: entrada tradicional com genkan no Japão – uso editorial (Fonte: Just Japan Stuff)

No Brasil, muita gente entra em casa com o mesmo sapato que usou na rua — e tá tudo certo. No Japão, isso é impensável. Entrar de sapato em casa é uma das maiores quebras de etiqueta doméstica que você pode cometer.

A prática está ligada não só à limpeza, mas também à simbologia. O lar japonês é um espaço sagrado, que deve ser mantido puro. Assim que se entra, há um espaço chamado genkan, onde os sapatos são tirados e trocados por chinelos próprios para uso interno.

E não para por aí: em muitos lugares, como templos, escolas tradicionais, restaurantes ryōtei e até provadores de loja, o mesmo código se aplica. Ah, e no banheiro? Chinelos específicos só para o vaso sanitário. Trocar de calçado virou arte.

➡ Dica ninja: se você ver um monte de sapatos alinhados na entrada, não pense duas vezes — tire o seu também e respeite o dojo.


6. Coisas proibidas no Japão: Furar fila (ainda que sem querer)

Fila organizada de japoneses esperando o metrô com marcações no chão
Imagem: exemplo de fila organizada no Japão – uso editorial (Fonte: Business Insider)

No Brasil, a gente dá aquela olhadinha pra ver se “é aqui mesmo?”, finge que não viu direito e se encaixa na fila onde parece mais rápido. No Japão? Furar fila, mesmo sem intenção, é um erro social quase imperdoável.

O respeito à ordem e à coletividade é levado tão a sério que as pessoas fazem fila até em locais onde ela não é obrigatória — como para entrar no trem ou escada rolante. Inclusive, há lados específicos: um para quem sobe e outro para quem aguarda.

Mesmo que a fila esteja “meio torta” ou mal sinalizada, quem fura pode receber olhares cortantes dignos de anime — daqueles que você sente no chakra. Não é comum confrontar diretamente, mas o incômodo vai estar lá, visível no silêncio.

➡ Dica final: se estiver em dúvida, observe. Os japoneses se organizam de forma quase instintiva — e respeitar essa lógica invisível é essencial pra evitar gafes.


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Conclusão: Entenda as coisas proibidas no Japão (e evite gafes)

Nem tudo o que é comum no Brasil é aceitável no Japão — e está tudo bem. O que parece uma “coisa boba” pra gente pode ser visto como falta de respeito por lá. Mas não se preocupe: ninguém espera que você saiba de tudo logo de cara. O importante é ter curiosidade, respeito e vontade de aprender.

Compreender essas coisas proibidas no Japão — ou, melhor dizendo, malvistas culturalmente — é um passo essencial pra viver (ou visitar) com mais empatia e leveza. Afinal, viajar também é isso: descobrir que o mundo tem muitas formas de funcionar além da nossa.

Agora que você já conhece essas coisas proibidas no Japão, aproveite para compartilhar com quem sonha visitar o país!

🧳 E você? Já cometeu alguma dessas gafes sem saber? Tem alguma história cultural inesperada pra contar? Ou ficou surpreso com alguma dessas regras?
Conta aí nos comentários antes que alguém te ofereça um chinelo só pro banheiro 😅

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